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TESTES NÃO INVASIVOS PARA AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR
15 de março de 2015 22:10 / Deixe um comentário
INTRODUÇÃO
Testes funcionais não invasivos têm sido desenvolvidos e utilizados para avaliação de função pulmonar, contribuindo para um melhor entendimento da fisiologia respiratória em indivíduos normais e auxiliando no diagnóstico funcional da função pulmonar precocemente, bem como na tomada de decisões terapêuticas.
MANOVACUOMETRIA
ANALÓGICO DIGITAL
CONCEITO: TESTE PARA AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR NA INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO.
MANOVACUÔMETRO: APARELHO CAPAZ DA AVALIAR AS PRESSÕES MÁXIMAS, EXPIRATÓRIA (PEmáx) OU POSITIVAS E INSPIRATÓRIAS (PImáx) OU NEGATIVA EXERCIADAS PELOS MÚSCULOS VENTILATÓRIOS.
A) Como realizar a avaliação da PiMAX:
Paciente sentado a 90° com os pés apoiados no chão
Colocar o bocal e a pinça (clip) nasal
Solicitar uma expiração ate nível de Volume Residual (VR)
após fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitar uma inspiração até a capacidade pulmonar total (CPT), permanecendo por 2 segundos de força sustentada
PODERÁ SER REALIZADO EM PACIENTES COM VIA AÉREA ARTIFICIAL
MENSURAÇÃO DE PACIENTES ENTUBADOS MARINI ET AL SUGERE UM MÉTODO:” 1/3 do vc de repouso é repassado para tot(espaço morto) aumenta o drive fisiológico da respiração após 2 min retira-se o ventilador e oclui-se a via aérea com uma válvula unidirecional por 20 a 25 seg permitindo apenas que o paciente expire. desta forma o paciente é obrigado a realizar um esforço inspiratório para deflagrar o ciclo respiratório, assim será medida a Pimáx.”
B) Equação para o calculo da Pimáx em função da idade e sexo:
Homens de 20 a 80 anos:
PImáx(cmH2O) = -0,80 × idade + 155,3
NOVA EQUAÇÃO (2010) = -1,24 × idade + 232,37
Mulheres de 20 a 80 anos:
PImáx(cmH2O) = -0,49 × idade + 110,4
NOVA EQUAÇÃO (2010) = -0,46 × idade + 74,25
C) Como realizar a avaliação da Pemáx:
Paciente sentado a 90° com os pés apoiados no chão
Colocar o bocal e a pinça (clip) nasal
Solicitar uma inspiração ate o nível de CPT;
Em seguida fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitae uma expiração a nível de Volume Residual (VR), com sustentação de 2 segundos
D) Equação para o calculo da Pemáx em função da idade e sexo:
Homens de 20 a 80 anos:
Pemáx(cmH2O) = 165,4 – 0,81 x idade
NOVA EQUAÇÃO (2010) = -1,26 × idade + 183,31
Mulheres de 20 a 80anos:
Pemáx(cmH2O) = 115,6 – 0,61 x idade
NOVA EQUAÇÃO (2010)= -0,68 × idade + 119,35
- FRAQUEZA MUSCULAR: Pimáx: -40 a –75cmH2O
-DISPNÉIA PROFUNDA
-DIMINUIÇÃO PROGRESSIVA DA CAPACIDADE DE TOSSE
-AUMENTO DO TRABALHO EM VENTILAÇÃO PROFUNDA
-AUMENTO DA FR
-DIMINUIÇÃO DA CV ENTRE 20 A 40%
- FADIGA MUSCULAR: Pimáx: -40cmH2O
– REDUÇÃO DA CPT
– CV < 50% DO PREVISTO
– REDUÇÃO DA VENT. ALVEOLAR
-COMPROMETIMENTO DA TOSSE
– RESPIRAÇÃO PARADOXAL
- FALÊNCIA MUSCULAR: Pimáx: <-20cmH2O
– CV<15ml/kg
– VC<5-7ml/kg 3- PEMÁX:< +30-35 cmH2O
– NECESSIDADE DE SUPORTE VENTILATÓRIO
PEAK FLOW
CONCEITO: é um aparelho simples, portátil, de fácil manuseio e de baixo custo.
FUNÇÃO: avaliar o fluxo expiratório máximo do paciente.
OBJETIVOS:
Definir a presença ou ausência de obstrução das VA, através da leitura do PFE (pico de fluxo expiratório)
Avaliar a capacidade de resposta ao broncodilatador;
Avaliar se a tosse do paciente é eficaz, através da leitura do PFT (pico de fluxo da tosse)
ACOMPANHAMENTO PELO PACIENTE (DIÁRIO):
muito utilizado para pacientes com asma para acompanhamento; neste caso o paciente faz diariamente as anotações, objetivando:
- Confirmar se está bem, fora da crise.
- Reconhecer o início de uma crise.
- Reconhecer a piora da asma:
- Saber se há necessidade de mudar a medicação
- Ajudar a cumprir o plano de tratamento
TESTE PARA AVALIAR PFE:
Paciente deverá estar, de preferência, sentado em posição confortável; as fossas nasais deve estar ocluidas com um clipe nasal;
Pedir ao paciente para inspirar profundamente e, em seqüência, realizar uma expiração, no aparelho, de forma mais rápida e forte possível;
O pico fluxo expiratório máximo é mensurado em L/min;
Devem ser realizadas pelo menos três repetições de aplicação da técnica;
Comparando os resultados, vamos selecionar o maior dos três e compará-lo ao índice normal do Peak Flow (considera altura e sexo do paciente).
GRAU DE OBSTRUÇÃO ATRAVÉS DA CURVA DE PFE:
Grave: 40% ou menor que o valor da tabela (preditivo);
Moderada: 40 – 60% do valor da tabela (preditivo);
Leve: 60% ou maior que o valor da tabela (preditivo);
Ausência de obstrução: iguais ou superiores a 80% do valor da tabela (preditivo).
VENTILOMETRIA
CONCEITO : é uma técnica que tem como objetivo mensurar os valores ventilatórios próprios do paciente.
OBJETIVOS:
Avaliar VM ou VVM (volume minuto)
Avaliar FR (frequencia respiratória)
Avaliar VE (volume expirado)
Avaliar CAPACIDADE VITAL LENTA
Avaliar índice de Tobin
Avaliar a média de VC (volume corrente);
Avaliar o desmame da ventilação mecânica
TESTE:
Paciente, preferencialmente, sentado e em posição confortável;
Acoplar o ventilômetro à boca ou cânula (TQT, TOT), e:
CÁLCULO DO VM E FR: solicitaR uma respiração normal e tranquila por um minuto e, verificar através da observação direta dos movimentos torácicos associda a utilização de um cronômetro.
CÁLCULO DO VC: utilizar a equação: VC = VM/FR
CÁLCULO DA CVL: realizar uma inspiração máxima e, em seguida, expirar lentamente através do ventilômetro, sem fazer esforço, até a capacidade residual.
FÓRMULA PREDITIVA PARA CAPACIDADE VITAL:
- HOMENS: CV= 0,05211-0,22 x A- 3,60 x H
- MULHERES: CV= 0,4111- 0,018 x A – 2,69 x H
ONDE:
CV: capacidade vital
H: altura
A: idade em anos
CÁLCULO ÍNDICE DE TOBIN (INDICE DE RESPIRAÇÃO SUPERFICIAL):
- FR/VC.
VALORES;
VC: 05 a 08 ml/kg
VM: 05 a 06 L/min
FR: 12 a 20 ipm
CVL: em média 65 a 75 mL/Kg
ÍNDICE DE TOBIN: < 50 litros
ALTERAÇÕES EM VIRTUDE DA DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE VITAL:
- 45 A 50 ml/kg diminuição da ventilação profunda
- 30 a 45 ml/kg diminuição da tosse reflexa, da tose voluntária, retenção de secreções.
- 30 a 25 ml/kg diminuição da ventilação semi profunda, do mecanismo de suspiro da eficiência muscular.
OXIMETRIA DE PULSO/OXÍMETRO
O monitor exibe a porcentagem de hemoglobina arterial (metaloproteína que contém ferro presente nos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e que permite o transporte de oxigênio pelo sistema circulatório) na configuração de oxiemoglobina. Taxas normais são da ordem de 95 a 100%. Para um paciente respirando ar ambiente, a uma altitude não longe do nível do mar, pode ser feita uma estimativa da pressão de oxigênio arterial (pO2) a partir da leitura SpO2 (saturação do oxigênio no sangue) do monitor, correlacionando com a curva de dissociação da Hb (se não houver alterações hemodinâmicas).
O oxímetro de pulso consiste de um par de pequenos diodos emissores de luz frente a fotodiodos, através de uma parte do corpo do paciente translúcida (como a ponta dos dedos ou lóbulo da orelha). Um dos LEDs é vermelho, e o outro infra-vermelho. A absorção desses comprimentos de onda diferem significativamente entre a oxiemoglobina e sua forma desoxigenada, dessa forma sendo possível determinar a taxa de concentração a partir dessa absorção (saturação de oxigênio).A hemoglobina oxigenada (oxihemoglobina) absorve mais luz infra-vermelha e permite que a luz vermelha a atravesse, inversalmente a hemoglobina desoxigenada (desoxihemoglobina) absorve mais luz vermelha e permite que a luz infra-vermelha a atravesse.
CAPNOGRAFIA/CAPNÓGRAFO
O capnógrafo mede o dióxido de carbono (CO2) expirado, através do tubo endotraqueal (num doente intubado) ou através das vias aéras (boca ou nariz) num doente não intubado
O ETCO2 varia de 1 a 5 mmHg a menos da PaCO2
Qualquer alteração na forma da onda na capnografia pode ser detetada perante uma alteração de: – Metabolismo – Perfusão sanguínea ou – Ventilação
CAPNÓGRAFO
METABOLISMO:
Durante o metabolismo, o corpo transforma o açúcar e o oxigênio (O2) em energia, o subproduto deste processo é o dióxido de carbono (CO2). Se o metabolismo aumentar (por exemplo, realizando esforço) ou diminuir, assim a produção de CO2 aumenta ou diminui também, e isto pode ser medido pela capnografia.
CAPNÓGRAFO
PERFUSÃO:
Se a pressão arterial baixar ou aumentar, a capacidade do organismo levar o CO2 aos pulmões também diminui ou aumenta.
VENTILAÇÃO:
O corpo regula a frequência respiratória através de quimiorrecptores nos vasos sanguíneos que “calculam” a pressão parcial de dióxido de carbono (pCO2). À medida que o pCO2 aumenta, o corpo também aumenta a frequência respiratória para expelir o excesso
Ler uma capnografia requer olhar para a altura e para a largura da onda.
A altura mostra a quantidade numérica de CO2 em mmHg (milímetros de mercúrio)
A largura retrata o tempo da expiração
A capnografia tem 4 fases, sendo as fases II e III as mais importantes para a interpretação
1ª FASE (A/B): É ZERO GÁS ESPAÇO MORTO ANATÔMICO. Ocorre durante a expiração do ar a partir do espaço morto anatômico, que normalmente não contém CO2. Esta linha é reta e constitui a base da linha
2ª FASE (B/C): AUMENTO RÁPIDO GÁS ALVEOLAR SE MISTURA COM O ESPAÇO MORTO.Ocorre durante a “lavagem” alveolar e inicio das trocas gasosas, onde o ar se mistura com o ar do espaço morto anatômico. É também o inicio da expiração.
3ª FASE (C/D) : ATINGE PLATÔ – AR ALVEOLAR. É o “topo” alveolar, com o gás todo expirado. Esta é a parte mais importante da onda porque representa o funcionamento dos pulmões. O ponto mais alto desta linha representa o valor do ETCO2.
4ª FASE (D/E): INÍCIO DA INSPIRAÇÃO, QUEDA ABRUPTA DO CO2. Ocorre durante a inspiração, onde o volume de CO2 desce abruptamente.
As Ondas Anormais mais comuns são :de Hipoventilação, hiperventilação e broncoconstrição.
BRONCOCONSTRICÇÃO:
Tem forma de barbatana de tubarão.
HIPOVENTILAÇÃO:
Tipicamente quadrada.
A expiração pode estar um pouco prolongada
O ETCO2 é superior a 45 mmHg
HIPERVENTILAÇÃO:
Tipicamente quadrada mas com uma fase de expiração mais curta.
O ETCO2 é inferior a 35 mmHg